Considerando a visão do tema Eleitos e ou Escolhidos, a Luz dos da teologia de Jacob Arminio, como ele explica os casos que exemplificam essa dicotomia: Moises foi Escolhido ou Eleito; Josué Foi Escolhido ou Eleito? cada um teve um fim diferente entre si. Como analisar a Vontade de Deus com relação aos dois fieis?
Teologia Valor Temporâneo: Jacob Arminio Parte # 01
A teologia arminiana, baseada nos ensinamentos de Jacob Arminius, difere do calvinismo em sua compreensão da eleição, graça e livre arbítrio. Na visão arminiana, a eleição de Deus é baseada na previsão da fé e da resposta humana à graça. Arminius enfatizou a responsabilidade humana e a capacidade de aceitar ou rejeitar a graça oferecida por Deus.
Escolha e Eleição na Teologia Arminiana
Na teologia arminiana, a diferença entre ser “escolhido” e “eleito” pode ser entendida da seguinte forma:
- Escolhido: Deus escolhe certos indivíduos para missões específicas ou tarefas conforme sua vontade soberana. Isso não necessariamente implica a eleição para salvação eterna.
- Eleito: Refere-se àqueles que respondem positivamente à graça de Deus e são predestinados para a salvação com base na presciência de Deus sobre sua fé.
Moisés e Josué na Perspectiva Arminiana
Moisés
Moisés foi claramente escolhido por Deus para uma missão específica: libertar o povo de Israel do Egito e conduzi-los à Terra Prometida. A Bíblia registra a escolha divina de Moisés:
- Êxodo 3:10: “Agora vá, pois eu o envio ao faraó para tirar do Egito o meu povo, os israelitas.”
Moisés foi escolhido para uma tarefa específica e teve um relacionamento especial com Deus. No entanto, na visão arminiana, sua eleição para a salvação depende de sua resposta contínua à graça de Deus. Moisés mostrou fé e obediência em sua vida, indicando que ele estava dentro do plano de salvação de Deus.
Josué
Josué também foi escolhido por Deus para uma missão específica: liderar o povo de Israel na conquista da Terra Prometida após a morte de Moisés.
- Números 27:18-19: “Então o Senhor disse a Moisés: ‘Tome Josué, filho de Num, homem em quem está o Espírito, e imponha as mãos sobre ele. Faça-o se apresentar ao sacerdote Eleazar e a toda a comunidade e o comissione na presença deles.'”
Josué demonstrou fé e obediência a Deus ao longo de sua vida e liderança. Na perspectiva arminiana, Josué é visto como um exemplo de alguém que respondeu positivamente à graça de Deus, demonstrando ser parte dos eleitos para a salvação.
Análise da Vontade de Deus
Na visão arminiana, tanto Moisés quanto Josué foram escolhidos por Deus para missões específicas. Suas vidas exemplificam como Deus trabalha através de indivíduos para cumprir seus propósitos soberanos. No entanto, sua eleição para a salvação é vista como baseada em sua resposta à graça de Deus.
Vontade Soberana e Responsabilidade Humana
A teologia arminiana enfatiza a interação entre a soberania de Deus e a responsabilidade humana. Deus, em sua soberania, escolhe indivíduos para tarefas específicas, mas a salvação é oferecida a todos e depende da resposta de fé e obediência à graça divina.
- 1 Timóteo 2:4: “Que quer que todos os homens sejam salvos e cheguem ao pleno conhecimento da verdade.”
Moisés e Josué: Fins Diferentes, Propósitos Diferentes
Embora Moisés e Josué tenham tido fins diferentes (Moisés morreu antes de entrar na Terra Prometida, enquanto Josué liderou a conquista), ambos cumpriram os propósitos específicos de Deus para suas vidas. Na teologia arminiana, esses diferentes fins refletem os diferentes papéis e missões que Deus pode designar a cada indivíduo, sem implicar em sua eleição ou condenação final.
Conclusão
Na teologia Arminiana, Moisés e Josué são exemplos de indivíduos escolhidos por Deus para missões específicas. Sua eleição para a salvação é entendida em termos de sua resposta contínua à graça de Deus. Moisés e Josué responderam positivamente à graça de Deus, mostrando fé e obediência, e assim são considerados parte dos eleitos para a salvação. A vontade de Deus, na visão Arminiana, envolve tanto a soberania divina em escolher indivíduos para tarefas específicas quanto a responsabilidade humana em responder à graça para a salvação.